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Bradesco lidera empréstimos imobiliários em 2018, diz Abecip

Em 2018, os empréstimos do Bradesco para o setor totalizaram R$ 15,1 bilhões. Em 2017, o banco desembolsou apenas R$ 7,8 bilhões.

Os bancos privados assumiram as rédeas do crédito imobiliário, considerando apenas as linhas de financiamentos com recursos originados nas cadernetas de poupança, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, 30, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Em 2018, o Bradesco liderou a concessão de financiamentos para a compra e a construção de moradias no Brasil, com empréstimos que totalizaram R$ 15,1 bilhões, Já em 2017, o banco fechou o ano na terceira posição, com R$ desembolsos de R$ 7,8 bilhões.

Caixa Econômica Federal – conhecida por ser o banco da habitação – ficou em segundo lugar em 2018, atingindo R$ 13,2 bilhões em financiamentos. No ano anterior, a estatal liderou o ranking, com R$ 16,4 bilhões em empréstimos nessa categoria.

O Itaú Unibanco chegou em terceiro lugar em 2018, com R$ 12,1 bilhões. No ano anterior, ficou em segundo lugar, com R$ 8,5 bilhões. O Santander Brasil se manteve na quarta colocação, com R$ 10,2 bilhões, ante R$ 6,2 bilhões. E o Banco do Brasil também manteve sua quinta colocação no ranking, com R$ 5,1 bilhões, ante R$ 2,7 bilhões.

Para 2019, a dinâmica do mercado não deve passar por mudanças significativas, estimou o presidente da Abecip, Gilberto Duarte. Ele lembrou que nos últimos anos, os bancos públicos, especialmente a Caixa, passaram a focar no mercado imobiliário destinado às pessoas de média e baixa renda. Este setor é enquadrado no Minha Casa, Minha Vida e conta com crédito subsidiado por recursos do FGTS, que não são operados pelos bancos privados. “O mercado deve continuar assim”, previu.

Duarte ressaltou que, nas linhas com recursos da poupança, os bancos públicos já vêm operando dentro das condições de mercado, sem incentivos artificiais, há cerca de três a quatro anos. “Os bancos públicos não precisam de subsídio para competir. Eles têm capacidade e competência para isso”, avaliou.

Nesse sentido, ele disse considerar “normal” e “nada estranho” o discurso recente do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, de que a estatal vai praticar juros de mercado. “Na verdade, a prática já era essa. E ela tem condições de competir assim”, acrescentou.

Fonte:  Exame

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Preço nominal de imóveis cresce em 2018 após 3 anos de queda

A informação foi divulgada pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip)

O preço nominal médio dos imóveis residenciais em dez capitais brasileiras subiu 0,64% em 2018. Com isso, os preços no mercado imobiliário voltaram para o campo positivo após fecharem em queda por três anos consecutivos: 2017 (-0,60%), 2016 (-2,26%) e 2015 (-0,20%).

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 21, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), cuja pesquisa considera os valores de imóveis vendidos por meio de financiamento bancário.

A pesquisa mostrou que, em 2018, oito das dez capitais pesquisadas tiveram alta nos preços: Belo Horizonte (0,27%), Brasília (0,29%), Porto Alegre (0,40%), Goiânia (1,14%), Curitiba (1,17%), São Paulo (1,31%), Fortaleza (1,31%) e Salvador (1,33%). Na contramão, houve queda dos preços no Rio de Janeiro (-1,49%) e em Recife (-0,22%).

Apesar da elevação nominal dos preços na maioria das capitais, os valores ficaram abaixo da inflação no período, o que ainda representa uma desvalorização real dos imóveis.

Abecip avaliou que uma recuperação mais forte do mercado imobiliário, capaz de impactar os preços reais, ainda depende de um conjunto de fatores, como a aceleração da economia nacional e a aprovação de reformas estruturais no País.

“O desempenho do mercado imobiliário ainda depende da aprovação das reformas necessárias para que esta retomada seja suficiente para impactar a confiança de investidores e as condições do mercado de trabalho que possibilitem um crescimento significativo da massa salarial”, afirmou a Abecip, em nota.

A entidade disse também que as condições para o financiamento das moradias devem melhorar com a tendência de permanência das taxas de juros em níveis historicamente baixos.

Fonte: Exame